No Brasil, a única modalidade de ovodoação autorizada pelo Conselho Federal de Medicina é a doação compartilhada.
Nesse tratamento, uma mulher que necessariamente precisa se submeter a tratamento de fertilização in vitro doa parte de seus óvulos para a receptora. Ou seja, não é mais permitido que mulheres que não precisem realizar tratamentos de reprodução assistida procurem as clínicas apenas para doar óvulos, mesmo que de maneira altruística.
É permitido que a receptora custeie o tratamento de doadora. O mediador dessa relação é a clínica responsável pelo tratamento de ambas, já que o anonimato na doação de gametas e embriões no Brasil é obrigatório.
Mulheres com menos de 35 anos com reserva ovariana normal que precisem de tratamento de Fertilização in vitro para engravidar podem doar parte de seus óvulos.
Existem algumas restrições clínicas, como ser portadora de doenças genéticas, doenças psiquiátricas graves, endometriose grave e infecções crônicas como HIV, Hepatites B e C e HTLV. Para saber se pode ser doadora ou não, é preciso passar por uma avaliação médica prévia.
Infelizmente, no Brasil, ainda há falta de doadoras. Isto ocorre por diversos motivos, mas o principal é a falta de informação. A doação pode ser uma ótima opção em algumas situações. Um exemplo é quando a mulher tem muitos óvulos, mas não quer ter embriões congelados, por motivos religiosos, financeiros ou outros.
A ovodoação é um excelente recurso à constituição da família.